sábado, 30 de maio de 2009
terça-feira, 26 de maio de 2009
Sangue vermelho barro
Vista da praça da Cidade de Cipó-Bahia
Minha palavra é de massapê.
Minhas estrofes, quem dera ser, poeira que o vento leva.
Minha origem é pó em si, Ci em Pó ou vice-verso.
Pó que faz do suor o belo e do suar a beleza.
Minha caatinga colorida em tons de cinza
É a minha força que açoita longe a erva danada.
Meu sertão amado feito um prato ao olhar do meio dia.
Meu chão quente como quente corre o meu sangue
Que se corre é por ter pressa em retornar.
Meu sangue é de barro da cor dos olhos sem pão.
Meu coração é casa de taipa onde caibo nele e ele em mim.
Sou frágil fortaleza que por ser frágil ainda mais fortaleza sou.
A vida me diz o tom e eu toco a prosa em frente.
É assim que se toca pelas bandas de lá.
Sou o juazeiro à beira da estrada, a macambira do canto da cerca, o juá que faz sombra na cancela aberta...
Sou a volta da labuta com enxada nos ombros e as costas arqueadas com o peso do mundo...
Sou do sertão e por isso meu verso certo é sertanejo.
Meu coração é casa de taipa, de barro é o meu sangue e
de massapê é a minha palavra.
Palavra forte sem frescor e sem frescura.
Minha palavra é de massapê.
Minhas estrofes, quem dera ser, poeira que o vento leva.
Minha origem é pó em si, Ci em Pó ou vice-verso.
Pó que faz do suor o belo e do suar a beleza.
Minha caatinga colorida em tons de cinza
É a minha força que açoita longe a erva danada.
Meu sertão amado feito um prato ao olhar do meio dia.
Meu chão quente como quente corre o meu sangue
Que se corre é por ter pressa em retornar.
Meu sangue é de barro da cor dos olhos sem pão.
Meu coração é casa de taipa onde caibo nele e ele em mim.
Sou frágil fortaleza que por ser frágil ainda mais fortaleza sou.
A vida me diz o tom e eu toco a prosa em frente.
É assim que se toca pelas bandas de lá.
Sou o juazeiro à beira da estrada, a macambira do canto da cerca, o juá que faz sombra na cancela aberta...
Sou a volta da labuta com enxada nos ombros e as costas arqueadas com o peso do mundo...
Sou do sertão e por isso meu verso certo é sertanejo.
Meu coração é casa de taipa, de barro é o meu sangue e
de massapê é a minha palavra.
Palavra forte sem frescor e sem frescura.
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domingo, 24 de maio de 2009
Meu credo
Deus!
Nem lembro quando, para mim, passou a ter “D”.
Será que passou ou passou simplesmente?
Minha fé é a sombra do meu ceticismo
E o Senhor só me dá provas da tua inexistência.
Mas, mesmo assim, és tu que me dá tais provas.
Não me dá respostas mas, quem se não tu, elabora minhas perguntas?
É na ausência mais absoluta que te sinto presente.
É quando as folhas, ao vento, te acenam,
Que tu prestas homenagem a ti mesmo.
Eu sigo na estrada da minha vida.
Acreditando na dúvida e duvidando das certezas.
Tudo está certo. Tudo está em seu lugar.
O quê? Onde? Não sei...
terça-feira, 19 de maio de 2009
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Poeta amador
Sou um poeta amador. Escrevo sem técnica, sem apego.
O poeta escreve certo entrelinhas tortas.
Há muitas linhas a seguir e muito papel a interpretar
Cobrir o mundo de tinta é o que está na pauta.
Cobrir o mundo em tons grafite e embrulhá-lo fazendo o meu papel.
Sem borrões, mas se borrões houver deixo-o borrar
Há na vida papel pra todo mundo.
Sou um poeta amador. Amo a vida, o papel, a tinta ...
Apaixonado por refletir na superfície branca minhas mais profundas sensações.
Sinto a vida da minha forma, da minha maneira. Eis o meu papel!
Subo e desço quase sempre afastado da margem, mas atravesso se preciso for,
Como se preciso fosse.
E, se for, sei voltar na hora que precisar. Como se preciso fosse.
A cada poema sou, eu, novo em folha.
Eu e minha impressões remamos na mesma direção pra que o barco faça algum sentido.
Sou um amador!
O poeta escreve certo entrelinhas tortas.
Há muitas linhas a seguir e muito papel a interpretar
Cobrir o mundo de tinta é o que está na pauta.
Cobrir o mundo em tons grafite e embrulhá-lo fazendo o meu papel.
Sem borrões, mas se borrões houver deixo-o borrar
Há na vida papel pra todo mundo.
Sou um poeta amador. Amo a vida, o papel, a tinta ...
Apaixonado por refletir na superfície branca minhas mais profundas sensações.
Sinto a vida da minha forma, da minha maneira. Eis o meu papel!
Subo e desço quase sempre afastado da margem, mas atravesso se preciso for,
Como se preciso fosse.
E, se for, sei voltar na hora que precisar. Como se preciso fosse.
A cada poema sou, eu, novo em folha.
Eu e minha impressões remamos na mesma direção pra que o barco faça algum sentido.
Sou um amador!
sábado, 9 de maio de 2009
Essa foi por pouco
Confesso aos poucos que Lêem o pouco que escrevo que, por força das circunstâncias, tenho escrito ainda menos e, por isso, peço desculpas aos poucos por tão pouco. Este momento em que devia estar dormindo eu reservei, hoje, pra tentar ocupar este espaço que eu mesmo criei. Minha vida anda tão corrida quanto a sua que agora me lê aí do outro lado, seja lá de que lado estiver. Tenho tentado fazer meu mundo girar e julgo estar conseguindo, pois até tonto eu já me sinto. Sinto-me cansado da labuta e de muito mais coisa que as coisas são e que as coisas fazem, mas, como disse, vou aqui tentar fazer algo diferente.
Hoje sou diferente. Sou mais eu que nunca.
A liberdade sempre vem com ares de apreensão.
Ao se criar asas, sempre se tem medo da altura.
Mas o tempo se encarrega de tudo.
Tudo passa, menos o tempo que está sempre passando.
Sou livre! Vôo a qualquer parte ou a parte alguma.
Escolho o que quiser ou não escolho nada, se assim escolher.
Sem medo semeio cada dia e me recolho a cada noite.
Não há mistério porque não o procuro. Não acho nada.
Hoje acredito em mim, me entendo e absolvo-me.
Tudo é muito vasto, muito vago, imensidão...
Não se deve pagar com a própria vida,
É um preço muito alto pra qualquer dúvida.
Deixo o que passou passar.
Não prevejo meu futuro, mas vou escrevendo meu caminho.
O vazio que sentia era a minha falta.
Ah, que falta que a gente se faz!
Sou feliz ao acaso, por acaso, a esmo.
A hora vai chegar, ela sempre chega na hora.
Não estou esperando nada, por isso não tenho pressa.
Vivo cada hora que chega, fica e passa.
E, quando ela passa não me importa mais, pois já passou.
Como o meu hoje é o teu amanhã, desejo um bom dia a todos os que agora têm uma boa noite de sono. Abraços...
Hoje sou diferente. Sou mais eu que nunca.
A liberdade sempre vem com ares de apreensão.
Ao se criar asas, sempre se tem medo da altura.
Mas o tempo se encarrega de tudo.
Tudo passa, menos o tempo que está sempre passando.
Sou livre! Vôo a qualquer parte ou a parte alguma.
Escolho o que quiser ou não escolho nada, se assim escolher.
Sem medo semeio cada dia e me recolho a cada noite.
Não há mistério porque não o procuro. Não acho nada.
Hoje acredito em mim, me entendo e absolvo-me.
Tudo é muito vasto, muito vago, imensidão...
Não se deve pagar com a própria vida,
É um preço muito alto pra qualquer dúvida.
Deixo o que passou passar.
Não prevejo meu futuro, mas vou escrevendo meu caminho.
O vazio que sentia era a minha falta.
Ah, que falta que a gente se faz!
Sou feliz ao acaso, por acaso, a esmo.
A hora vai chegar, ela sempre chega na hora.
Não estou esperando nada, por isso não tenho pressa.
Vivo cada hora que chega, fica e passa.
E, quando ela passa não me importa mais, pois já passou.
Como o meu hoje é o teu amanhã, desejo um bom dia a todos os que agora têm uma boa noite de sono. Abraços...
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Comumente
Acredite, eu não minto.
Apenas penso, digo e faço aquilo que tenho em mente.
Em mente a cada instante.
Minha verdade é eternamente circunstâncial.
E cada uma delas tem sua hora contada em segundos...
Minha opnião é tropa em frontes diversos.
Ela é mutável, por isso é mais verdade a cada momento.
Não é falta de personalidade é personalidade em demasia.
A noite e o dia alternam-se, mas a noite não é um dia obscuro,
Tampouco o dia é uma noite clara. Não, não é.
Estando a anos-luz as coisas parecem claramente distantes.
Na escuridão da noite o algodão continua a ser alvo.
Minha mente não é alvo fixo ou coisa permanente.
Mudo a cada momento para ser o mesmo em todo e qualquer instante.
Apenas penso, digo e faço aquilo que tenho em mente.
Em mente a cada instante.
Minha verdade é eternamente circunstâncial.
E cada uma delas tem sua hora contada em segundos...
Minha opnião é tropa em frontes diversos.
Ela é mutável, por isso é mais verdade a cada momento.
Não é falta de personalidade é personalidade em demasia.
A noite e o dia alternam-se, mas a noite não é um dia obscuro,
Tampouco o dia é uma noite clara. Não, não é.
Estando a anos-luz as coisas parecem claramente distantes.
Na escuridão da noite o algodão continua a ser alvo.
Minha mente não é alvo fixo ou coisa permanente.
Mudo a cada momento para ser o mesmo em todo e qualquer instante.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Cargas d'água por hora
Meu relógio marca a hora exata deste dia qualquer.
Dia comum de horas numerosas e imprecisas.
Qualquer dia desse mando o tempo passar adiante.
Alguns dias tem horas demais a passar,
Em outros as horas são passageiras de dias aéreos.
Qualquer dia desse eu atiro fora meu pulso por temor ao relógio.
Por que contar o que não é da minha conta?
Mas o tempo vai passando com o tempo.
Quanto tempo tenho pra fazer diferente aquilo que tem por natureza ser igual?
Toda hora é igual por todas serem diferentes uma das outras.
Sou do tempo em que esperar era a única solução.
Agora esperar é esperar o pior acontecer.
Correr atrás do tempo perdido é o que se faz o tempo todo.
Mas como hoje é apenas um dia qualquer onde qualquer hora leva horas a passar.
Melhor eu ter pulso firme e mantê-lo no lugar.
Literatura de ponto de ônibus
A chuva vem do alto e nada diz sobre ela, chuva,
Que não seja que é chuva e que vem do alto.
Desce e molha a tudo e a todos por inteiro.
Um por sua vez a vez de cada um.
A chuva nada diz. A chuva cai, simplesmente cai a chuva.
No inverno ela cala bem mais alto...
A chuva escorre pelas ruas desertas de gente.
Enxurrada de tudo que pode levar,
De tudo que pode ser seu.
Enquanto espero que ela passe, passo a chuva.
Penso: por que da chuva? Por que de...
Ah! Sim, estiou. Deixe-me ir...
Que não seja que é chuva e que vem do alto.
Desce e molha a tudo e a todos por inteiro.
Um por sua vez a vez de cada um.
A chuva nada diz. A chuva cai, simplesmente cai a chuva.
No inverno ela cala bem mais alto...
A chuva escorre pelas ruas desertas de gente.
Enxurrada de tudo que pode levar,
De tudo que pode ser seu.
Enquanto espero que ela passe, passo a chuva.
Penso: por que da chuva? Por que de...
Ah! Sim, estiou. Deixe-me ir...
sábado, 2 de maio de 2009
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