Mais uma lição que meu sertão me ensinou numa época em que
eu nem pronto pra aprender estava: Todo mundo é igual! Afinal a água que falta
pra Chico, falta pra Francisco e goela seca é seca goela, mesmo sendo ela preta,
branca ou cor de abróba...
A mim me parece - redundante é a sua mãe! – esse dia ser quase
um apartheid cívico, uma segregação social agendada em calendário, um dia “especial”
criado para lembrarmos todos juntos que somos diferentes e, assim, está
concedida a licença, com dia e hora marcada, pra recomeçar a presepada...
Racismo é filosofia de desocupado, então: Vão cuidar de
varrer o terreiro ou ariar umas panelas, rebanho do que não presta!