domingo, 19 de julho de 2009

Pretérita espera futura

A noite chegou...
Parecia estar de luto, ela, a noite.
Pesada, calada e fria.
Nada esperado havia acontecido naquele dia.
Havia esperado pelo dia errado.
A noite foi sendo ela mais e mais e
Fazia das estrelas luz em sua escuridão.
Dos insetos então fiz companheiros,
Dos pensamentos sombras e sobras
E do relógio, fora de hora, fiz adoração.
Assim tudo prosseguiu naquela noite: Parado.
Minha inquietação fez de mim mobília da sala assombrada
E do espelho vitrine de reflexões sob minha óptica.
Foi então que o hoje daquele dia virou aquele amanhã seguinte.
Tudo que não havia chegado no dia anterior,
Chegou naquele dia, no dia depois daquele...
O dia seguinte nunca chega no dia em que se espera por sua chegada.

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