terça-feira, 28 de abril de 2009

Finalmente pelo começo

Postei o poema Sertão, logo abaixo, e falei da importância que tal poema tinha para mim e tudo o que ele representava. Feliz pude perceber que é um poema que agrada a mais de um, eu mesmo, e imaginei o prazer que deve sentir o poeta em ter seus versos citados e recitados mundo a fora. Não tenho tal pretensão, tampouco talento para tanto, até, mesmo, pela própria ausência de pretensão. Mas Sertão não foi o único poema com essa temática. A saudade destes tempos idos, e vindos, fazia de cada suspiro inspiração e da inspiração suspiros ainda mais profundos.

Quando se aprende a andar o que menos importa é a direção. Que sentido faz preocupar-se com o rumo quando mal se consegue ficar de pé? Que importância tem o caminho comparado ao milagre do movimento e do equilíbrio? Foi assim que tudo começou: Sem motivo definido, mas definitivamente motivado a fazer algo que não fazia a mínima idéia do que seria. Andei por várias linhas e escrevi errado por grande parte delas, pois a minha divindade se limita ao fato de ser humano. Falei sobre muita coisa e fui simplório numa infinitude delas até achar aquilo que julgo ser o ponto - aqui o equilibrio e a direção começam a fazer sentido – em que posso acrescentar.

Meu avô, com sua calma que me tirava a pouca paciência que tinha, ensinuou silencioso mais uma vez a trilha a seguir: O meu bom senso. Confio cegamente na minha conduta por tê-la herdado a partir do seu ponto de vista. Posso até errar e erro sempre que posso, é o que parece, mas sei muito bem o que deve ser feito e é isso que está em pauta: O caminho. Se o margeio é por saber que o erro fotalece o acerto e que a mentira é o fundo perfeito pra ilustrar-se a verdade.

Sertão não foi o único, foi unicamente a última frase de uma fase primeira, foi o abotoar do colarinho, a tinta da parede polida, o galope singular do trotante cavalo, o olhar para os lados, ao atravessar a rua, quando o caminhar já tinha-se feito coisa natural.

Exponho aqui uma pequena sequência desses verdes poemas que pra mim tem tanto valor por serem responsáveis pelo que hoje valorizo. Desculpem postar algo tão simplório, mas foi assim que tudo teve início e assim termino essa introdução: Pelo começo. Espero não decepcioná-los.

Abaixo:

1)Geometria ar seco
2)Rio Itapicuru
3)Riso razo

2 comentários:

  1. Cheguei em casa e corri pra internet... Tinha certeza que ia encontrar algo novo por aqui. Na lata! E que lata! rs Um texto acompanhado por três belíssimos poemas.
    A cada vez que venho aqui sinto mais vontade de voltar. Assim como os poetas tem o prazer de ver seus versos citados e recitados, tenho eu, o prazer de ler cada um dos versos que escreve. E se isso é só começo, quero ter o privilégio de ler o poemas do meio rezando pra que essa inspiração não tenha um fim!

    " Nada é parecido, similar ou adjacente"
    Assim são os versos que encontro por aqui.

    =)

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  2. Muito massa o texto, e as postagens que acompanham os mesmos, trao pra mim um pouco do que deve ser a satisfação do auto em escrever, e transcrevo esta satisfaçaõ aqui, apos ler, adorei o texto.OS poemas de verdes só têm o contexto, natureza, muito legal.

    Grande abraço

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Pão Contexto. Consuma cultura e digerirás o mundo