Quando se deixa o poeta à vontade é que ele sente ainda mais vontade de ser poeta.
Assim começo essas linhas como tantas outras que comecei sem saber, ao certo, onde parar.
Linhas são como copos d’água em mãos sedentas, como piscinas em tempos de verão que não se vê ou como coração em dias de cada dia.
Por isso agora podes ler essas linhas embebidas de desejos e vontades próprias, minhas próprias vontades.
Sou um amante dos extremos. O caminho do meio sempre me pareceu meio sem graça.
Em minha poesia, é esse sentimento que me norteia: Fazer o sul está na linha logo abaixo.
Frases que se encaixam uma a uma e palavras intrusas que as permeiam.
Onde mais sou eu de verdade?
Minha inquietação é frase incerta, palavras malditas ou qualquer coisa por menor.
Será isso tudo vontade de... VONTADE sempre ela. Percebe?
Em meus raros sonhos de poucas horas mal dormidas que, de tão leves, se confundem com a vigília, eu sonhei ou pensei:
Se posso ter a tudo e conquistar a tudo mais, quero trazer tudo comigo. Ter meu mundo no bolso...
Conhecê-lo ao fundo como conheço as cédulas da minha carteira vazia.
Saber que a vida não é feita só de passos adiante... A vida é uma caminhada e em todo caminho há retornos, curvas e placas caídas... Ah! há sempre gente pedindo carona também.
Descobrir que ser feliz é saber que se pode ser feliz quando se bem quiser e lembra disso a todo momento.
E depois escrever isso – o que eu bem entender - às quatro páginas do mundo afora pra aqueles que não entendem.